Como psicóloga por vezes muitas pessoas fazem perguntas embaraçosas sobre a educação dos filhos, sobre o que é aceitável, apropriado, erros e acertos.
O que podemos filtrar de leituras, estudos e experiencias clínicas é que erramos querendo acertar.
Sobre condições indesejáveis nas relações entre pais e filhos e o que podem causar nos adultos abaixo um esquema: Condição e Resultados no Desenvolvimento
REJEIÇÃO = Sentimentos de insegurança e isolamento. Busca de atenção, negativismo, comportamento hostil. Incapaz de dar e receber afeição.
SUPERPROTEÇÃO-DOMÍNIO = Submissão, inadequação, falta de iniciativa, tendencia para dependência passiva nas relações como outros.
MIMO EXCESSIVO= Egoísmo, exigência, incapacidade para tolerar frustração, Rebelde diante da autoridade, excessiva necessidade de atenção, falta de responsabilidade.
PERFECCIONISMO-AMBIÇÕES NÃO-REALISTAS PARA A CRIANÇA= A criança inferioriza os padrões não-realistas dos pais. O fracasso inevitável leva a frustração contínua, sentimento de culpa. Auto-condenação e auto-desvalorização.
DISCIPLINA DEFEITUOSA= Excesso de liberdade ligado a insegurança, agressividade anti-social. A disciplina severa geralmente leva a excessiva condenação do eu por comportamento socialmente condenado, angústia com relação a comportamento agressivo. A disciplina incoerente geralmente resulta em falta de valores estáveis para a orientação do comportamento, como tendencia para incoerência e vacilação ao enfrentamento de problemas.
RIVALIDADE ENTER IRMÃO = Hostilidade direta ou indireta, insegurança, falta de autoconfiança, regressão.
DESAVENÇA CONJUGAL E LARES DESFEITOS = Angústia, tensão, insegurança, falta de uma base segura no lar, tendencia para avaliar o mundo como um lugar perigoso e inseguro. Lealdades conflitivas, falta de modelos adequados para desenvolvimento adequado do ego.
OS PAIS COMO MODELOS DEFICIENTES = Interiorização de atitudes de valor imorais e socialmente indesejáveis, que frequentemente levam a problemas com a justiça e a lei.
EXIGÊNCIAS CONTRADITÓRIAS Falta de esquema integrado(um pai pensa e fala algo e o outro contradiz, avos, tios...interferência na educação) confusão e auto-desvalorização.
Planejar ter filhos é fácil, porem estar emocionalmente preparado para criar filhos com sintonia e coerência na educação é mais difícil. O casal primeiramente estando bem entre eles aí sim seria mais adequado, com estabilidade e boa comunicação pensar em padrões unificados para acolher, receber com amor o fruto dessa relação= os filhos.
Filho não é para preencher vazios, nem é um acidentes, ou para segurar relações, nem para satisfazer padrões sociais e muito menos status.
Sônia Augusta
Psicóloga Clínica
Referencia: A Psicologia do Anormal e a Vida Contemporânea, James C. Coleman, SP

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