
Trabalho com Pré-adolescentes, Adolescentes e Jovens desde 2003, nunca como antes chegou a meus ouvidos um número contagioso de Meninas e Meninos que se cortam. Essa auto mutilação chama-se CUTTING.
Atender um número crescente requer estudo, e inicia-se a cada 5 anos novos sintomas, para Adultos, Famílias, Jovens e agora esses Adolescentes e Pré-adolescentes.
Isso enriquece o percurso clínico, mas mobiliza e se faz URGENTE providências. Como olhar com carinho para essa população? Desde 2013 a Psiquiatria considera Transtorno Mental, o que outrora era apenas para os Borderlines hoje se dá para Neuróticos, Psicóticos e Perversos investigações indicam que esse ato de corta-se atravessa todas as estruturas!
Pesquisas Bibliográficas embasam o atendimento, assim como o tato, acolhimento e o OLHAR. O tema passa também por muitos saberes e disciplinas; Psicanálise, Psiquiatria, Antropologia e na Sociologia. Hoje vemos a tal de "Baleia Azul" e desenhos insinuando, ou seja, o ato de cortar-se esta no cenário e no seu contexto midiático, uma vez que a internet e as redes sociais são um dos meios pelos quais as pessoas que se cortam publicizam anonimamente seu sofrimento psíquico.
O que é ISSO? Vou simplificar, mas trata-se de um sintoma. Uma expressão, uma manifestação de tristeza, incompreensão, raiva de si mesmo, angústia, depressão, vazio, tédio e para extravasar, relaxar e aliviar a tensão o ato de corta-se= Cutting tornou vedete para essa geração.
O Cutting não tem como objetivo chamar a atenção, mas é usado como um escape para aliviar a tensão . Essa automutilação muitas vezes está relacionada a outros problemas psicológicos, como depressão, ansiedade, transtorno obsessivo compulsivo (TOC) e transtornos alimentares.
O que a Escola deve fazer? Acolher afetivamente esse aluno, demostrar que está disponível para escuta e que pode compreender seus problemas.
O que os pais precisam fazer? Os pais NÃO DEVEM dar bronca ao perceber os cortes ou tratar o ato como travessura, mas sim oferecer conforto e compreensão. A família precisa entender que é um problema e que existe tratamento.
Tratamento: Psicoterapia, em alguns caso(Após avaliação do Psicólogo) encaminhamento para Psiquiatria.
Estou a disposição para maiores esclarecimentos,
Sônia Augusta
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